Lembram-se da História do Vitor? Aquele artigo que escrevi sobre a grave doença do Vitor apelando a vossa ajuda.
Gostava que todas as pessoas parassem por momentos e vejam o quão abençoadas são. Contudo, passam a vida a queixarem-se por coisas inúteis, não se apercebendo que há outras pessoas que precisam de ajuda, da ajuda de cada um de nós.
Quando é que vamos realmente valorizar aquilo que temos?
Quando a doença ou a morte nos bater à porta?
Pensamos que tudo acontece aos outros e esquecemo-nos de que nós somos os outros dos outros.
Sou uma pessoa que gosta imenso de ajudar, que me emociono imenso com certas causas; gostava de poder ajudar todas as pessoas do mundo, gostava de pelo menos, fazê-las sorrir. Ajudar faz bem - torna-nos mais leves, sentimo-nos em paz;porque reconhecemos que fizemos algo de bom, algo por alguém que precisa, algo que vai fazer uma pessoa sorrir.
Hoje, gostava muito que lessem o que a namorada do Vitor, a Tânia escreveu apelando à nossa ajuda e mostrando que o Amor é muito importante.
“Não sei bem como dar início a este
texto… Talvez porque seja uma situação tão delicada para mim, para nós,
talvez porque não saiba a quem me estou a dirigir, talvez por tudo, ou
talvez por nada. Escrevo-o na tentativa de buscar ajuda no
desconhecido, na tentativa de angariar e multiplicar esperança. Deste
modo, gostaria de partilhar consigo, quiça com o mundo, a história da
pessoa da minha vida.
O meu nome é Tânia e sou enfermeira. O
Vitor é o meu namorado e é, sem sombra de dúvida, a melhor pessoa que
conheço. É a pessoa que fala com o olhar, que se expressa com o coração
e, muitas vezes, sem a necessidade de dar uso às palavras. É a pessoa que eu achava não existir. É a personalização da doçura, da bondade, da verdade, dos sonhos reais.
É o rapaz cujo número de amigos é impossível de contabilizar. É a
pessoa com quem tenho de parar na rua porque alguém lhe quer dar um
abraço sem aparente motivo – talvez porque o seu olhar fale, por si só.
Descobrimo-nos sem que ambos tivessémos consciência da importância que
havíamos de conquistar na vida um do outro. Eu, que não acredito em
acasos, sinto que este foi o “acaso” da minha vida e aquele que eu
precisava para coseguir dar o salto até à felicidade.
O
Vitor, o Amor da minha vida, tem um síndrome raro cujo nome é Síndrome
de Paraganglioma e Feocromocitoma. Em suma, falo-vos de algo raro que
provocas lesões não mais comuns – tumores. Os sintomas iniciaram-se
ainda na sua adolescência mas nunca foram associados ao que na realidade
se manifestava. Em 2009 foi diagnosticado o primeiro tumor. Este foi
resolvido com uma cirurgia bastante invasiva, realizada no Hospital
Curry Cabral, que deu origem à falência de um rim. O Vítor estava ainda
em processo de recuperação e, também, de adaptação quando em Agosto de
2013 lhe foi diagnosticado um novo tumor (na região sacro) e quatro
metástases associadas. Hoje temos em mãos algo ainda mais difícil. Este
tumor localiza-se na zona de difícil acesso e tem uma resolução ainda
mais complexa: a cirurgia foi planeada mas posteriormente colocada fora
de hipótese devido à possibilidade de consequências graves (marcha
prejudicada, incontinência de esfíncteres e impotência sexual). Além
disso, esta cirurgia é realizada apenas em Itália, não havendo qualquer
experiência na sua realização em Portugal.
Recentemente, tomámos conhecimento da existência de outro tipo de tratamentos na Alemanha que podem ser uma mais valia para o Vítor. Surgiu-nos, aqui, a esperança perante a vida, perante a resolução. Após questionarmos acerca da quantia necessária para a possível cura do Vítor, foi-nos dito que os valores são muito elevados, e nós não dispomos de tais quantias. Actualmente estamos a realizar iniciativas (realizou-se recentemente uma Noite de Fados na nossa aldeia – Raposa (Santarém)) e mais prevemos realizar, no entanto, é muito difícil conquistar um valor tão alto em pouco tempo.
Recentemente, tomámos conhecimento da existência de outro tipo de tratamentos na Alemanha que podem ser uma mais valia para o Vítor. Surgiu-nos, aqui, a esperança perante a vida, perante a resolução. Após questionarmos acerca da quantia necessária para a possível cura do Vítor, foi-nos dito que os valores são muito elevados, e nós não dispomos de tais quantias. Actualmente estamos a realizar iniciativas (realizou-se recentemente uma Noite de Fados na nossa aldeia – Raposa (Santarém)) e mais prevemos realizar, no entanto, é muito difícil conquistar um valor tão alto em pouco tempo.
Antecipadamente, gostaria de agradecer
com todo o meu coração, aquele que nesta passagem de ano recente estava
colado ao do Vítor e pediu um único desejo multiplicando-o por doze:
saúde para o Vitor. É só isto que nós queremos: saúde. É só isto que nós
queremos: ser normais. Porque ser normais e viver com saúde e amor é
tudo o que toda a gente precisa para ser feliz."
"Havemos nós de dar uma golpada também.
Havemos de ser nós os protagonistas do nosso filme, ultrapassando esta
barreira difícil que nos surgiu sem questionar autorização. Golpada à
intromissão nos nossos sonhos. Golpada à diminuição do número de
sorrisos ou à intensidade dos mesmos." (in, http://azul_mar.blogs.sapo.pt/o-filme-da-minha-vida-91083)
Gostava
realmente que quem pudesse, contribuisse e ajudasse o Vitor. Só assim
um dia ele vai ultrapassar a barreira que se colocou no seu caminho e
conseguir voar.
A página do Vitor no facebook: https://www.facebook.com/avitoria.dovitor?fref=ts
mariajoãoguedescastanheira
acho ótimo difundires esta causa, e é ao ver estas histórias que damos valor às nossas!
ResponderEliminaré verdade! mas muitas vezes as pessoas só dão valor quando lhes bate à porta!
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